quinta-feira, 27 de maio de 2010

TESOUROS

- Por Emmanuel -

A única propriedade real na vida é aquela dos bens ou dos males que incorporamos à própria alma.
Dos bens que constroem o paraíso da consciência feliz e dos males que levantam o purgatório do coração que escolhe os espinheiros do remorso por recursos de pavimentação do próprio caminho.
Não te agarres aos patrimônios terrestres de que fazes o usufrutuário provisório, a fim de que aprendas no serviço e na caridade a buscar, em teu benefício, a riqueza incorruptível da luz.
Basta um leve olhar pretérito para que reconheças a insânia de quantos passaram no mundo, antes de ti, senhoreando as bênçãos do solo e devorando o suor dos semelhantes, como se o tempo e o espaço lhes pertencessem.
Os museus jazem repletos das baixelas preciosas de quantos se supuseram senhores exclusivos do pão, das armas fidalgas de quantos zombaram dos direitos do próximo e da indumentária brilhante daqueles que transformaram o domínio indébito em sua feroz paixão...
Adelos e numismatas retêm consigo os remanescentes de todos os que monopolizaram a roupa devida aos nus e as moedas surrupiadas à fome e ao remédio dos infelizes...
Coleções de cinzas douradas guardam a usura e a vaidade, a mentira da bolsa estéril e o engano cruel da posse inútil.
Aproveita, desse modo, a tua hora no corpo denso e faze circular os valores da bondade no vintém que possa nutrir a paz e o reconforto, imprescindíveis ao companheiro da retaguarda, com aflições maiores que as tuas.
Recorda que, se o onzenário e o egoísta retiram o azinhavre e a solidão da sombra a que se afeiçoam, a alma fraterna e amiga extrai a esperança e a paz da claridade que veicula.
A cobiça ajunta a prata e o ouro da terra como quem amontoa pedras incendiadas sobre a própria cobiça, mas a fé que se consagra a Jesus, em se devotando à alegria e à felicidade dos outros, amealha para si mesma, hoje e sempre, os tesouros imperecíveis do Céu.


(Recebido espiritualmente por Francisco Cândido Xavier – Texto extraído do livro “Meditações Diárias” – Editora Ide.)

terça-feira, 11 de maio de 2010

O TEMPO.

Ao passar os olhos pelas folhas do LIVRO INTERIOR, busquei a palavra TEMPO.
- Quem és tu? Por que nos prendes!
O GRANDE LIVRO respondeu:
- Existem tantos TEMPOS quantos degraus evolutivos.
"Olha a pedra. Seu TEMPO é só desintegração.
"Olha a flor. Seu TEMPO é um contínuo presente.
"Olha o homem primitivo. Seu TEMPO foi a sobrevivência.
"Olha a criança. Seu TEMPO é tão vertiginoso e fugaz quanto a intensidade de seus brinquedos.
"Olha o ancião. Seu TEMPO é espera.
"Olha o sábio. Seu TEMPO é marcado pelos astros.
"Olha o homem do futuro. Seu TEMPO é um acúmulo de informações.
"Olha Deus. Ele É.
"Olha a morte. Para ela o TEMPO é o fim de uma ilusão.
“E, agora, olha para ti mesmo. Não seria teu TEMPO uma oportunidade? "

(Texto extraído do excelente livro “A Outra Margem” – do jornalista, pesquisador e escritor espanhol J. J. Benitez – Editora Mercuryo.)

sábado, 8 de maio de 2010

ALGO MAIS... UMA LUZ, UM AMOR – IV*

Ninguém morre.
Mas eu não posso provar isso para você.
E nem quero. Porque não precisa.
O Mestre Tempo é que lhe dará a resposta.
E ele não traz só rugas, mas, também, maturidade.
Mas há alguns que ignoram isso, e só estão envelhecendo. ..
E pior: levam isso para fora do corpo e ficam murchos no Astral.
E aí, para eles, nem sua própria morte prova que há vida além do corpo.
Porque está cheio de desencarnados negando isso.
Envelheceram, mas não amadureceram. E são teimosos demais!
Então, o Mestre Tempo também se faz necessário além...
Para amadurecer a quem não soube crescer na Terra.
É claro que tudo é relativo (santa redundância, Batman!).
E as coisas passam... Mas a experiência fica. E faz refletir.
Para alguns, essas reflexões só serão “do lado de lá”.
Contudo, para outros, essa reflexão já rola “do lado de cá” mesmo.
E isso é um processo íntimo e intransferível. E haja tempo para isso!
Porque o estado de consciência de cada um reflete bem o que se busca na vida.
E isso não pode ser comprado e nem surge do nada. É fruto do próprio esforço.
E quem poderá dar lucidez a quem quer ficar na inércia consciencial?
Viver não é só comer, beber, dormir, copular e um dia morrer sem sentido.
Não, viver é muito mais. É pensar, sentir e crescer... E se redescobrir.
Mas isso não pode ser mensurado apenas pelo intelecto e pelos sentidos do corpo.
Há coisas que só o coração é que sente. Coisas da alma. Porque há algo mais...
Um Amor. Uma Luz. E isso não se explica, só se sente...
Não, não. Eu não posso lhe provar nada. E nem precisa, ainda bem.
Porque isso é com o Mestre Tempo. E Ele vem por aí, como sempre...
“Do lado de cá”, ou “do lado de lá”, uma hora dessas tudo se aclarará.
Porque não se compra e nem se vende maturidade e consciência.
Isso é de cada um. E o que está em cada coração, só o Todo é que sabe.
E quem sou eu para lhe provar alguma coisa? Não sou mestre ou guru de nada!
E, diante do Mestre Tempo, eu sou apenas um cisco de luz no infinito.
E, com o perdão da redundância, no tempo certo Ele lhe dirá algo, isso é certo.
Enquanto isso, vamos crescendo por aqui mesmo. E depois, “do lado de lá”...
Um Amor. Uma Luz. Ah, quem precisa provar alguma coisa?
Então, é isso. Na Terra ou no Astral, seja feliz.
(Wagner Borges)